Farinha - alimento preferido do amazonense agora de cara nova


O amazonense, que é comedor de farinha por natureza, agora tem mais um motivo para gostar do alimento. Tudo porque os irmãos Sena adicionaram outros sabores à iguaria. Farinha d’água com coco torrado e manteiga, ovinha com cebola torrada, ova com pimenta, ovinha na manteiga, ova com alho torrado, são as variações da tradicional farinha do dia a dia.

O vendedor de farinha Alexandre Oliveira Sena, 43, morador da Betânia, Zona Sul é responsável em colocar o sabor na tradicional iguaria amazonense. “A farinha do uarini é considerada o caviar do gênero entre as farinhas. E para completar só faltava colocar uns sabores. Então eu e meu irmão fizemos um teste com pimenta, aí foi fácil”, disse Alexandre.

Ele conta que logo depois surgiram novas ideias de sabores e a única dificuldade foi onde produzir em grande quantidade. ”Quando decidimos começar a vender as farinhas com sabores a saída foi muito rápida e precisamos de um espaço para produzir mais. Foi então que um amigo cedeu a casa de farinha dele, que fica no ramal do Brasileirinho, e deixou usarmos o forno a lenha ” afirmou Alexandre.

A farinha com sabores é comercializada no porto do Ceasa, Zona Sul, onde Wilker Emerson de Oliveira Sena, 41, vendedor de farinha e irmão de Alexandre, vendem e dizem que o produto desperta interesse de todo tipo de clientes. “Vêm pessoas de todos os cantos, até gente de outros estados vem atrás dessas farinhas”, explicou Wilker. A farinha com sabor é vendida a R$ 15 o  quilo e em uma semana os irmão chegam a vender 40 quilos.

O Professor José Ribeiro, 43, morador do Educados, Zona Sul, aprovar os sabores e esperar novidades. “Todo fim de semana venho comprar a farinha para comer durante a semana e agora com sabores diferentes é ótimo, dá um gosto diferente ao prato. O pirarucu à casaca vai ser muito mais gostoso” comentou José Ribeiro.

Alimento popular e nacional

No seu processo de produção, a mandioca amarela é colocada em água até apodrecer, quando então é chamada de puba.  Espremida, peneirada e depois é bem seca. A farinha e suas variações depois de pronta, é apelidada de ova ou ovinha, dependendo do seu tamanho, devido a sua semelhança com ovas de peixe. Seus grãos são duros e precisam ser hidratados, para amolecerem, embora alguns amazonenses os comam in natura.

O nome da mandioca varia de acordo com a região do Brasil. No Sudeste é conhecida como mandioca e no Sul, como aipim. Nas regiões Norte e Nordeste é chamada de macaxeira ou aipim. No Rio de Janeiro é também chamada de aipim.

A safra da mandioca ocorre entre os meses de janeiro a julho. O Brasil é um dos maiores produtores mundiais da farinha, com 23 milhões de toneladas anuais.


fonte: http://acritica.uol.com.br/amazonia/Farinha-cara_0_1127887207.html

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